“Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo?” (Lc 24, 5)
Celebramos com júbilo o Cristo, vivo no meio de nós. A morte já não tem poder sobre Ele. A Páscoa, que vem do hebraico “Pessach”, passagem, é a maior e mais importante festa cristã.
Neste ano, passamos por uma Quaresma diferente. Isolados, em silêncio. O contexto da pandemia nos levou a vivenciar um período de intenso pesar, de preocupação uns com os outros, de zelo pela nossa vida e a vida do irmão. Muitos foram os modos de nos reinventarmos, de nos aproximarmos sem estarmos fisicamente presentes. Nosso coração se enche de alegria ao ver o esforço e zelo de nossos Padres, Diáconos, Bispos, Seminaristas e leigos para que pudéssemos sentir menos possível os efeitos deste distanciamento da Eucaristia e da Igreja. Todos vivemos intensamente cada momento, através das lives, dos passeios de carro com o Santíssimo abençoando as cidades, reinventando a maneira com que podemos participar e viver os Sacramentos.
A Quaresma se finda. Mas não nossa quarentena. Seguimos firmes e confiantes iniciando a Oitava da Páscoa, passando por esta fase difícil, com a certeza de que servimos a um Deus vivo, que destruiu a morte e renovou nossa vida. É nessa certeza que continuamos nossa lida, orando e pedindo pelo mundo, para que se dissipe o mais rápido essa pandemia, pelos profissionais que zelam pelo bem estar de todos, pelos faleceram e as famílias que choram suas perdas, pelas pessoas que agora sofrem e padecem desse mal e de tantos outros males que afligem a humanidade, não só físicos, mas também espirituais.
O Senhor não nos deixa sós: “Não tenhais medo”, sua salvação alcança a todos. Que possamos viver a alegria e a esperança da Ressurreição, dentro das nossas casas, com nossas famílias e aqueles que mais amamos.
Feliz Páscoa!